China critica acordo entre Nvidia e AMD com os EUA: 'Politização da tecnologia é inaceitável'

2025-08-11
China critica acordo entre Nvidia e AMD com os EUA: 'Politização da tecnologia é inaceitável'
Brasil 247

O governo chinês expressou forte descontentamento com um acordo recente entre as empresas de tecnologia Nvidia e AMD e o governo dos Estados Unidos. A crítica centra-se na exigência de que estas empresas repassem 15% da receita obtida no mercado chinês como condição para a obtenção de licenças de exportação de chips. Pequim considera esta medida como uma tentativa de politizar a tecnologia e prejudicar a sua indústria de semicondutores.

Numa conferência de imprensa, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que a exigência de repasse de receitas é uma forma inaceitável de condicionar o comércio e que interfere no desenvolvimento normal das empresas. A China tem vindo a investir fortemente no desenvolvimento da sua própria indústria de semicondutores, visando reduzir a sua dependência de tecnologia estrangeira.

O acordo entre Nvidia, AMD e o governo dos EUA surge num contexto de crescente tensão geopolítica entre os dois países, particularmente no domínio da tecnologia. Os EUA têm procurado restringir o acesso da China a tecnologias avançadas, como chips semicondutores, alegando preocupações com a segurança nacional e a proteção da sua vantagem tecnológica.

A China argumenta que estas restrições são injustas e protecionistas, e que prejudicam a inovação e o desenvolvimento económico global. A exigência de repasse de receitas é vista como um passo adicional na escalada da tensão tecnológica, e a China ameaça retaliar com medidas semelhantes.

Este acordo levanta questões importantes sobre o futuro das relações comerciais entre a China e os EUA, e sobre o papel da tecnologia na geopolítica global. A China tem reiterado o seu compromisso com o mercado aberto e a concorrência justa, mas também deixou claro que não hesitará em defender os seus interesses económicos e tecnológicos.

A indústria de semicondutores é fundamental para a economia global, e as restrições ao comércio de chips podem ter um impacto significativo em diversos setores, como a eletrónica, a indústria automóvel e a inteligência artificial. O futuro da indústria de semicondutores dependerá da capacidade dos países de cooperarem e de evitarem a escalada da tensão tecnológica.

A resposta da China a este acordo demonstra a sua determinação em proteger a sua indústria de semicondutores e em resistir à politização da tecnologia. A situação continua a evoluir, e é provável que surjam novas medidas e contra-medidas nos próximos meses. É crucial que os países encontrem uma forma de resolver as suas diferenças de forma pacífica e construtiva, para evitar uma guerra tecnológica que prejudicaria a todos.

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