Uma auditoria solicitada pela Ministra da Saúde levantou sérias preocupações sobre a fiscalização das horas de voo de helicópteros realizada pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica). O relatório aponta falhas significativas que podem resultar em custos adicionais para o Estado português. A investigação, que teve como objetivo avaliar a eficácia dos procedimentos de controle, identificou inconsistências e lacunas que comprometem a segurança e a gestão eficiente dos recursos.

O que a Auditoria Descobriu?

A auditoria detalhou uma série de problemas na forma como o INEM monitora as horas de voo dos helicópteros de emergência médica. Entre as principais constatações, destacam-se:

• Registro Impreciso: Falhas no registro preciso das horas de voo, dificultando o acompanhamento do tempo total de operação de cada aeronave.
• Ausência de Controle Rigoroso: A falta de um sistema de controle rigoroso para garantir o cumprimento dos limites de voo estabelecidos, aumentando o risco de fadiga da tripulação e problemas técnicos.
• Risco de Excesso de Uso: A possibilidade de que os helicópteros estejam sendo utilizados além do limite seguro, comprometendo a segurança das operações e a vida útil das aeronaves.
• Potencial Prejuízo Financeiro: O risco de o Estado português ter que arcar com custos adicionais devido à necessidade de manutenção extraordinária ou à substituição precoce dos helicópteros.

Impacto na Saúde e Segurança

As falhas na fiscalização das horas de voo não afetam apenas as finanças públicas, mas também a segurança dos profissionais de saúde e das pessoas que dependem dos serviços de emergência médica. O excesso de uso dos helicópteros pode levar à fadiga da tripulação, aumentando o risco de erros e acidentes. Além disso, a falta de manutenção adequada pode comprometer o funcionamento das aeronaves, colocando em risco a vida de pacientes e socorristas.

O que Será Feito?

A Ministra da Saúde já se manifestou sobre o assunto, afirmando que levará as conclusões da auditoria a sério e tomará as medidas necessárias para corrigir as falhas identificadas. Espera-se que o INEM implemente um novo sistema de fiscalização das horas de voo, com controles mais rigorosos e um registro preciso das operações. A transparência e a responsabilidade serão fundamentais para garantir a segurança e a eficiência dos serviços de emergência médica em Portugal.

Reações e Próximos Passos

A notícia da auditoria gerou reações diversas entre os profissionais de saúde e a população em geral. Enquanto alguns expressam preocupação com a segurança dos serviços de emergência médica, outros defendem a importância de uma gestão eficiente dos recursos públicos. O INEM terá que apresentar um plano de ação detalhado para corrigir as falhas identificadas e garantir a segurança das operações de helicóptero. A sociedade portuguesa acompanha de perto os próximos passos desta importante questão.